domingo, 30 de setembro de 2007

Apego trivial, vício brutal !

O povo brasileiro agora tem um motivo pra se alegrar: foi descoberto o assasino de Taís! E é incrível como isso afetou a vida de tantas e tantas pessoas por esse Brasil a fora. Com marcação de 56 pontos de ipobe, a última sexta-feira foi um caos, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. O trânsito até melhorou. A noite ficou mais clara pelas luzes das janelas de cada apartamento. Todos atentos a cada detalhe da morte da malvada gemêa que atormentava a irmã. Mas e o propósito disso? Nenhum praticamente. Tudo bem que tem muita gente solitária e é compreensivel que a única companhia que se tenha é uma televisão ou um rádio. Porém, até quando o brasileiro vai aceitar essa mesmisse que é uma novela? E o pior: se prender a isso! Deixar de sair, se divertir, ficar junto com alguém, pra simplesmente saber o que vai acontecer na vida dos outros. Sendo que esses "outros" são personagens... Ou seja, totalmente ficção.
O problema não está na novela ou em quem a faz, mas sim em como ela é feita e estruturada. Eu por exemplo não me importaria e até gostaria se Olavo, personagem de Wagner Moura, saísse vivo, impune e com a Bebel (Camila Pitanga) em uma ilha do Caribe fazendo altas sacanagens como é de praxe deles! Alguns podem até pensar que eu sou a favor da vitória dos vilões, mas é diferente. Eu queria a verdade da vida na novela, se é pra novela existir, que seja real. As coisas são tão óbvias e prováveis na novela. Irrita e enche o saco! Mas e continua a dar ibope? Sim, pra tristeza de diversos livros imprevissiveis que estão empuerados agora...
Porque todo mundo é feliz no final da novela? Engravida e acha a sua alma gemêa? Não é assim na vida! E não há nem um esforço intelectual pra quem assite. Não é preciso pensar sobre, opinar sobre e nem refletir sobre. Só absorvemos a informação que vemos e deu. Está feito o império global. Eles sabem como manipular o carinha da poltrona. E não é dificil. É só usar a novela como um preenchimento de ócio, que se forma o vício. Isso resulta em sucesso!
O certo é não aceitar que se prencha o nosso ócio com coisas frívolas. E perceber o limite do entretenimento e do total vício e apego.
A novela acaba, todo mundo chora, fica feliz, e que venha a próxima! Tão igual quanto a que acabou e menos viciante do que as seguintes... Será que é assim que se constrói um país com opinião e intelectualidade? É só olhar um pouco e perceber: não tá dando certo!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Mulher Estrelada

Lotado. Gente por todo lado. Luzes de todas as cores. Muita música. Muita bebida. Muitos sorrisos. Muito rosto bonito. Mais luzes e mais músicas. E ela. Caminhando entre as pessoas dançando e se acabando. Seguia seu passo como o ritimo da música. Ela tinha hora pra voltar pra casa. Mais não perdia a intensidade. Continuava caminhando. Caminhando e dançando no ritimo da música. Observou tudo por sua volta. Olhou pro garçom. No fundo dos olhos dele. Olhou pras pessoas. Olhou para cada rosto. Para cada olho. Uns fechados outros bem abertos. Alguns beijavam outros gritavam e pulavam. Todos tinha uma história de vida. Chegaram ali com um intuito. Era tanta mistura. Tanta emoção. Tanta energia por metro quadrado. Pra cada rosto que as luzes coloridas iluminavam era uma vida inteira. Que tava começando. Que tava acabando. Olhou por tudo. Piscou com as luzes. Voltou os olhos pro garçom e disse: - tinham razão quando disseram que eu era uma criança!

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beijos (: e que as suas sejam as melhores!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Em Caso De Despressurização (Martha Medeiros)

23 de setembro de 2007 | N° 15375

Martha Medeiros

Em caso de despressurização

Não se sinta culpado em pensar em si próprio. Se quer colaborar com o mundo, comece por você

Eu estava dentro do avião, prestes a decolar, e pela milionésima vez escutava a orientação do comandante: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente a sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver a seu lado". E a imagem no monitor mostrava justamente isso, uma mãe colocando a máscara no filho pequeno, estando ela já com a dela.

É uma imagem um pouco aflitiva, porque a tendência de todas as mães é primeiro salvar o filho e depois pensar em si mesma. Um instinto natural da fêmea que somos, todas. Mas a orientação dentro dos aviões tem lógica: como poderíamos ajudar quem quer que seja estando desmaiadas, sufocadas, despressurizadas?

Isso vem de encontro a algo que sempre defendi, por mais que pareça egoísmo: se quer colaborar com o mundo, comece por você.

Tem gente à beça fazendo discurso e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada. Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde, não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender. Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranqüilidade adiante? Que espécie de exemplo? E vão reivindicar o quê?

Quer uma cidade mais limpa, comece pelo seu quarto e seu banheiro. Quer mais justiça social, respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa. Um trânsito menos violento, é simples: avalie como você mesmo dirige. E uma vida melhor para todos? Pô, ajudaria muito colocar um sorriso neste rosto, parar de praguejar, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo. Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim da nossa história, salvo tragédias pessoais e abandonos sociais. E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário dos que viram uns chatos.

Antes de falar mal da Caras, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca. Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo na rua e nem de usar o carro desnecessariamente. Uma coisa está relacionada com a outra: você e o universo. Quer salvá-lo? Garanta-se primeiro. Não se sinta culpado em pensar em si próprio. Cuide da sua saúde. Arrume o que é seu. Agora sim, estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz.


Muito Bom ! (:

De Um Pecado A Evolução

Defina qual é o seu maior pecado, entre os sete. Gula? Foi o que eu pensei... Preguiça? É todos somos preguiçosos... Mas eu quero o seu pecado mais profundo. O mais intimo, o que mais te constrange. Fica dificil né? Mas mesmo assim, você não vai adimiti-lo. Talvez tente me enganar dizendo que é a avareza ou a inveja... E para os mais corajosos a luxúria. E vai ser sempre assim, o ser humano é pecaminoso só que não gosta de assumir. O pior é que sabemos que é normal e aceitável que pecados façam parte do nosso cotidiano. Porém até quando, todo mundo vai fingir que não peca, que não tem desejo de pecar? Talvez o homem fosse muito mais evoluido e nem tantas desgraças teriam acontecido porque quem assume que peca está muito mais favorável a repitir e acertar ou a repitir e melhorar. Sabe, pecados e erros são necessários, é parte integral e fundamental da vida e sem isso muito momentos não estariam gravados na sua mente até agora, como um que vem agora na sua cabeça, te lembrando daquela vez que você ... Por isso é assim, os pecados fazem parte, e deles é que surgem o prazer de aprender, evoluir e viver. E sem o pecado todos seriam santos, e uma terra de santos deve ser chata. Eu não quero um mundo de santos, eu quero um mundo de pecadores inteligentes. Que sabem usar de seus erros pra evoluir. Foi assim com o casal do Éden não foi? Eles pecaram, pagaram as consequências mas acabaram refletindo e buscando o melhor. Afinal, é mais gostoso quando é assim ... Se tudo já fosse perfeitinho e corretinho, que sentido você faz ai? Nenhum, certo? Enfim, é SÓ AGORA que você tem pra pecar e evoluir.

Mais uma vez, mais uma vitima ...

Eu sou uma grande vitima da internet. Me proponho sempre a postar em milhares de fotologs que já tive... Mas normalmente acabo abandonando, e quando volta aquela vontade de postar fotos ou eu crio um ou ressucito outro! Mas até que um dia um recado no orkut, de uma amiga minha que também tinha feito um desses blogs, me fez pensar, que na verdade o que eu sempre quis foi expor meus pensamentos e tudo que eu escrevo e as vezes só algumas pessoas lêem. Foi então que eu comentei no blog dessa minha amiga, e vi que eu já tinha uma conta aqui (aliás com o meu e-mail pré-adolescente que eu já estou tentando acabar ...) e pensei: porque não?
E agora eu tô aqui, me tornando mais uma vez uma vitima consciente de outra conta na internet. Mas dessa vez eu tô pensando positivo: sem abanonos é que se vai pra frente! ;)

beijos ... e sigam meu exemplo ! haha (:

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