domingo, 31 de maio de 2009

Assim fica constituído...

Não dê a mim a chance de legislar. Com esse poder, sei que não seria capaz de lidar. Amores assim, desprezados, eu proibiria. Proibindo, te prenderia. Prendendo-te, me prenderia mais ainda. E assim seríamos nós dois: um preso por desprezo, outro por apreço. Não, não vou criar uma lei como esta, por mais que me haja vontade de impedir esse seu jeito tão bem feito de viver sem mim...
Não, meu bem! Não te preocupes com algemas. Vai e vive, porque não existirão grades capazes de te trancar. Nem mesmo as mais bem construídas dentro de mim. Porém, quando estiveres cansado de viver sem se prender, cria tu a lei do “se arrepender” e volta para bem perto de mim, onde lei nenhuma é capaz de te afastar!

domingo, 24 de maio de 2009

O menor espaço apreciável de tempo

Quando as palavras ficaram por serem ditas, e os olhares por serem cruzados, transformaram-me em arrependida. Arrependida da pior espécie, que se torna assim por pura e simples escolha. Escolhi não dizer, escolhi não olhar. Não encarar teus olhos frente aos meus, para não descobrir o que eles possam vir a revelar. Mas foi então, que aprendi o valor do segundo, e agora, quero repetir momentos. Fazer melhor. Abrir bem os olhos, para te ver profundo, escolher bem as palavras para acariciar teus ouvidos. Agora eu quero. Não vou hesitar. Não vou implorar misericórdia ao passado, ele é caso a parte, ele se basta e é besta. Imploro a você, que sei que não se basta, e vai aceitar meu pedido de recomeçar aquele instante!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Muito além...

Será só um encaixe perfeito dos detalhes? Partes simétricas que se unem em um todo agradável? É um sorriso cor de nuvem? É um olho cor de céu? A palheta das cores necessariamente tem que ser assim: fixa? Será mesmo tão singular, fechada para pluralidade? Que rigorosa seleção é essa? Responde-me Beleza, será mesmo que você é tão constante?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Será (mesmo) que passa?

Se fosse mesmo tão fácil escrever sobre a saudade, já teria meu livro publicado. Vivo reclamando que não tenho inspiração, mas assim que ela chega me falta alguma coisa. Eu diria a capacidade, mas eu tenho o código. Diria vontade, mas isso me resta. Falta saber o que é isso. Só saudade? Só? Com certeza não. Eu sei o que é mas nego. Nego porque quero negar. É tão mais fácil passar a borracha do que imaginar, tão mais cômodo tentar esquecer do que tentar te conquistar. Não dói tanto quanto errar, mas acabo me privando de te amar.
Por enquanto, o destino evita o encontro, e sigo eu aproveitando o samba da espera...

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