segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Resultado de uma ida ao médico

Quando dizem que o mundo dá voltas, e tudo pode mudar de uma hora para outra, por mais que saibamos da veracidade dessas frases não damos o valor que elas merecem. Muito provavelmente, você já deve ter passado por um desses momentos que se sente em meio a uma cena de filme, recebendo uma noticia que mudará sua vida. Só restava o “close” no seu rosto com a expressão de: “E agora? O que eu vou fazer?”.

Pois então, e agora o que eu vou fazer?
Vivi essa cena. E estou agora, a cerca de um mês da prova que pode – ou não – mudar minha vida, quando descobri que estou doente e devo ficar em casa por no mínimo uma semana - não é nada grave caso alguém se preocupe.

Eu escutei da boca da médica que não há “tratamento específico” para tal doença. Na hora fiquei triste, desesperada também. Foi então que comecei a pensar naqueles que escutaram coisa pior: “É incurável”. E como soa ruim não é? Imagine só ouvir isso! Um problema sem solução. Vivemos uma globalização a todo vapor, todo o tipo de tecnologia se desenvolvendo, e novas descobertas sendo feitas, mas ainda há aqueles que só tem o conformismo como explicação.

São as incapacidades do ser humano se encontrando em um escritório médico. De um lado a doença, do outro a busca sem resultados. Para mim, toda essa reflexão veio como um aviso de que não somos assim tão fortes como imaginamos, de que poder falar com alguém na China em tempo real ou fazer passar dores de cabeça com uma única pílula não garante a onipotência de ninguém. Somos suscetíveis a tudo, mesmo tendo a medicina ao nosso lado.


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Para quem anda à procura de um bom filme, tenho um ótimo para indicar:

Taare Zameen Par

Um dos melhor filmes que já assisti, sem dúvidas! Emocionante do começo ao fim...
Aproveitem para assinar esse
Abaixo-Assinado com o pedido de trazer o filme da Índia para o Brasil!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Resultado de uma ida à consciência

Sentir-se culpado, não é lá coisa muito rara de se acontecer. Mas arrependimento... Esse quando vem, machuca, e pelo meu ponto de vista, dói muito mais. Pode até ser que ambos nem se quer se relacionem, mas sentir que poderia ter feito de outro jeito, aliás, que nem deveria ter feito, me deixa tão impotente, frustra muito mais.
Ao desenrolar essa cadeia de sentimentos ruins, vem junto o orgulho. O qual na verdade, sinto que já não faz tanta parte assim de mim. Consigo lembrar de anos passados em que fui muito mais orgulhosa, teimosa e o pior: intransigente. Porém, mais esse detalhe em mim mudou. Já não me incomodo em assumir que errei, e demonstrar que me arrependi. Afinal, convenhamos que por pior que seja sentir o arrependimento, acredito que por trás dele ainda se esconda uma certa nobreza - mas que fique claro que não me orgulho de tal.
Seria então, o arrependimento, uma reação da nossa consciência, nos colocando no lugar certo, e nos mostrando que as pessoas não são imunes aos nossos defeitos?! Vai de cada caso, vai de cada um... Alguns dizem, em alto e bom tom, que nunca se arrependem do que fazem, e as vezes até os admiro, mas no fundo no fundo prefiro ficar com o meu teto de vidro, e recolher todas as pedras que atirei.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Literalmente, virando a página

Sempre achei engraçadas aquelas entrevistas de perguntas curtas com respostas rápidas, do tipo: “Qual sua comida preferida?” ou “Qual melhor viagem já feita?” e por aí vai... Isso porque sempre ao tentar imaginar que respostas eu mesma daria, a probabilidade de deixar espaços em branco, ou simplesmente responder “várias” era um tanto quanto alta. Mas parece que as coisas mudam, aliás, claro que mudam.
Outro dia qualquer, estava sentada em mais uma dessas salas de espera de dentista, onde ou você escolhe simplesmente olhar para as paredes ou ler uma das revistas empilhadas - cada uma com uma celebridade esbanjando felicidade na capa. Foi então que resolvi ler a mais recente, afinal se for pra preencher tempo com cultura inútil, que pelo menos seja atualizada. Já decidida a revista, fui virando as páginas no estilo “só me interesso por imagens”. Vira uma, vira duas, as fotos se esgotam, só me restava ler. Ao ler uma dessas entrevistas “jogo rápido”, percebi como já conseguiria responder boa parte das perguntas, e o que é melhor: sem hesitar muito para pensar! Pode parecer banal, mas aquilo me fez bem. Perceber que conforme o tempo passa, tenho me conhecido cada vez mais, do que gosto, do que pretendo gostar, onde quero chegar, em quem pensaria logo de cara para levar para uma ilha deserta e etc.
Me opondo as capas das revistas, nem sempre esbanjei felicidade, e percebi como isso foi fundamental para construir quem sou hoje, reconheci em uma sala de espera a importância da vida empírica. Talvez, para você que simplesmente lê esse texto, uma história assim pode beirar a “falta de noção”, álcool, não sei, também tanto faz. Agora, isso pouco me importa, porque os meus espaços em branco eu já estou preenchendo e as minhas páginas eu já estou virando. Mas e você?

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