quarta-feira, 23 de abril de 2008

Analisando da janela

Pronto, vim escrever sobre isso. Juro que não me deixava, já que em tudo que se olha se vê e se fala deste assunto, eu queria fazer daqui diferente. Mas não deu. Vou falar logo!

Dia 30, um domingo. Nós três no quarto do meu irmão. Eu apoiada na janela do oitavo andar, meu pai ao lado usando o computador. Ele me avisa como sempre que não se deve apoiar daquela maneira na janela. Eu escuto, como sempre. Mas talvez ainda não tenha “absorvido” aquela idéia. Afinal, uma janela é simplesmente uma janela. Certo? Não. Foi quando ele me chamou e me mostrou, em um site de noticias, a seguinte manchete: “Criança de 5 anos morre ao cair de prédio em SP”. É, meu pai tinha razão. “Não, mas essa foi jogada!” Disse o meu pai.
E assim está o Brasil, perplexo da criança jogada da janela. Por quem ela foi jogada? Ela se jogou? Isso não fica por minha conta. São tantas as pessoas envolvidas nesse caso que talvez os meus questionamentos venham só a atrapalhar. Só que nem todo mundo percebe isso. Faz disso tudo uma novelinha a se acompanhar todo dia logo depois da “Duas Caras”. É triste.
Outros confundem tudo isso com um plebiscito. Achando que tem direito de voto. Direito de acusar culpados e inocentes. Isso não é novela! É vida REAL! Isso não é plebiscito! É trabalho do Governo! Que por sinal, está indo muito bem. Pelo menos é o que a mídia nos passa. “Epa! Mídia! Ah é... Mídia...” Outra que se confunde nos papéis. Informar ou entreter? Porque uma grade de programação só sobre a pobre Isabella, na minha opinião passar a entreter e não a informar. Repete-se metade das informações e sua cabeça vendo aquilo parece mais um “mini tribunal” a julgar e condenar.
Tudo bem que provas não faltam para que se culpem os pais da menina. Mas isso para nós, mero telespectadores, que nada tem a ver com a história, nos basta apenas como informação. Não somos nós os encarregados a julgar. Não são os nossos cartazes ou nosso gritos que vão colocá-los atrás das grades ou livrá-los da cadeia. Nos cabe só assistir e lamentar pela vida tão nova e inocente que se foi. E julgarmos se nós, em nossas vidas estamos assim tão corretos pra colocarmos o dedo na cara do outro e dizer: FOI VOCÊ!

Inspiração: Se - Djavan & Essas três semanas de Isabella.

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