segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Se dar ao prazer de ter certeza...

Todo mundo conhece alguém que é cheio das certezas. Aquela pessoa que já tem traçado, ainda que mentalmente, os planos para a vida, como vai constituir a riqueza, o que fará quando resolver se aposentar e todos os aspectos que planejamentos bem feitos requerem. De primeira, o que me vem à cabeça ao ver alguém assim é o quão fixo pode ser o pensamento do ser humano. Quando pretendemos fixar nossas mentes em algo, somos tão capazes quanto a nossa distração nos corrompe frente ao alheio. E coisas muito fixas nem sempre são as melhores. Afinal, se tomarmos como regra que os contextos se alteram constantemente, porque os pensamentos deveriam ser sempre os mesmos? Enfim, todo esse papo de fixo, distraído, distraído, fixo, só para dizer que: pode ser bom. Isso mesmo, ser fixo, ter uma certeza tem seu lado bom. Inclusive, eu mesma ando angustiada quanto uma decisão a tomar. Conversando com uma amiga cheguei a ponto de dúvida de aconselhá-la a agradecer a Deus a certeza que tem. É claro que angústias têm lá seus preços, nos encaminham para as certezas. Porém, o conforto de uma certeza, daquelas enraizadas no fundo do coração, é um luxo!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Amor de horário nobre


São poucas as mulheres que não adoram se identificar comcenas de amor que vão ao ar diariamente... E eu definitivamente não faço parte destegrupo seleto.

Falem o que quiserem, beijos com trilhas sonoras caem muitobem a qualquer casal.

Paisagens, então? Nem se fala! Cada cena de montanha mais aconchegante que a outra... Cenas de praias regadas com aquele clima malicioso inocente do começo da paixão...

Aiai...

Mas é televisão!

Será?

Outro dia, uma amiga me contou a surpresinha intima que fezpara o namorado. Entre rosas, lingerie e muita música melosa, ela recebeu um “Eu te amo!” de brilhar os olhos enquanto me contava a história.

E ninguém viu. Canal nenhum transmitiu. As amigas ficaram sabendo – claro – mas o Brasil não deu ibope e eles estão aí, firmes e fortes,com a audiência lá no alto, no ponto alto do amor.

E não tem quem negue – das amigas que sabem – que os dois viveram uma cena de novela.

Tudo bem que essa fixação por expressões como “de novela“, ou “de cinema”, pode beirar a chatice de querer alcançar uma perfeição chatinha. Pode até alimentar uma fantasia de achar que as coisas tem um curso controlado, como em capítulos. E quem já viveu um amor sequer, sabe que as coisas são um pouquinho mais complicadas na vida real...

Ainda assim, é inevitável pensar:

Existem momentos nessa vida que se rolasse aquela musiquinha de fundo, o horário nobre era nosso!



terça-feira, 19 de abril de 2011

Engraçada

Engraçada essa coisa de descobrir no outro a vontade que se tem...

Não entendeu?

Eu explico...

Engraçada essa coisa de que sem querer, pelo acaso desses clics sequenciais e neuróticos de um mouse, achar os escritos de alguém que mais te leêm do que são lidos.

Mais engraçado ainda, como minutos parada em frente a tela do cumpatador - uma cena que remete tanto a alienação - na verdade, foram instantes entregues ao deleite. Não entregues ao ócio, tão comum de sempre. Aliás, sem pagar um centavinho além daquele que paga a conta da luz, que, por sinal, já sustenta os mexericos na vida alheia no Facebook, fui até dentro de mim, dei voltas, mil voltas, viajei. Fui até a vida dela, imaginei mil coisas, mil coisas, e me sinti mais assim, inspirada de graça...

Engraçada essa coisa de descobrir no outro a vontade que se tem...

Experimenta também!

Avec Poivre.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tudo em excesso faz mal!

Até que ponto, nos faz bem quando escutamos quando nos aconselham “aja com o coração, não deixe que o emocional se cale!”?

Afinal, só quem sempre agiu assim, sabe como isto pode ser o pior tiro pela culatra. E só quem nunca agiu de tal forma que não compreende como isso pode fazer sofrer a quem se deixa levar pelas emoções. Quando pessoas assim, completamente envolvidas pelo sentimento, buscam um pouco de razão para apaziguarem seus corações, já tão machucados, não são reconhecidas. Mas, talvez, não queiram mesmo ser. Simplesmente cansaram de ser o elo fraco, a lágrima fácil ou aquele que cede. Decidem mudar. A hora de ser forte e dizer não, ou dizer sim, ou simplesmente ter a coragem de não dizer nada – que, no fundo, diz tanto – bate a porta, bate firme, e vem junto com o orgulho próprio, que por sinal, andava em falta.

A realidade não nos deixa cegar e coitados destes pobres seres emocionais que um dia pensaram que tudo poderia acabar com um “felizes para sempre...”

Mas vale lembrar que a recíproca é verdadeira. Há também aqueles que de tão rígidos já não se molham, nem com a chuva, quem dirá com uma lágrima. Que insistem em tornar cartesiano o que nunca apresentou ordem, apenas grandes desordens. Que acham que é possível virar um dia na vida como se vira uma página de livro.

A vontade de amar e ser amado é inerente ao ser humano e coitados deste pobres seres racionais que um dia pensaram que tudo poderia se resolver com uma dose de tequila e uns minutos de flerte.

O amor, e não é ás vezes, mas sempre, tem dessas coisas. Ele faz questão de se mostrar diferente da fugaz paixão, ele mostra que só permanecerá e – principalmente – florescerá naqueles que souberem que ele é o sentimento do equilíbrio. Não existe essa história tolinha de 8 ou 80. Na verdade, nem 4 ou 40, 7 ou 70! Que seja! Simplesmente, não há contas para ser fazer quando se trata de amor!

Não tente amar só com o coração, ele não sobrevive. Sucumbe nos próprios desejos impulsivos de existir. Aliás, já não lhe disseram que o amor é paciente e é bondoso? Então, não se afobe, não... Que sabe como é: nada é pra já.

Porém também não o guie com lógicas que ele nunca teve – e nunca terá. Já não lhe disseram que amor é coisa que não se explica? E o que não tem explicação, explicado está.

No caso específico e abrangente do amor, a única máxima que está valendo é aquela que nossos pais bem que tentaram nos explicar quando pequenos - mas parece que ainda não aprendemos: “Tudo em excesso faz mal!”

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Romance com doses insanas

Certa vez, perguntei a um amigo muitíssimo especial se ele me considerava alguém, assim, romântica. Disse ele que não. E eu expressei apenas com o meu rosto todo aquele tom de revolta de um “Como assim?” e um olhar bem direto que dizia um “Tem certeza disso?”. Fato que esta seria minha reação. Sou mulher e gosto de romance. E que mulher não gosta? Nas medidas certas, obviamente... (Não confunda com melação, que está bem longe do quão sofisticado e simples pode ser uma atitude romântica.)

No entanto, como se já não nos bastassem tantos outros, o probleminha é que nós, mulheres românticas, se é que isso não soa a pleonasmo – ou pelo menos as que se pretendem ser românticas – como a princípio pareço fazer parte - acabamos nos corroendo com nosso próprio desejo. Ou por melhor dizer, com nossas próprias criações e delírios. Desejamos ser desejadas da maneira mais inspirada possível, só que muitas vezes nos inspiramos mais do que nosso próprio amante! E o pobre coitado apaixonado nunca será capaz de alcançar nossas expectativas miraboladas em boas doses de filmes e músicas que tanto nos identificamos. Acabamos por delirar e imaginar os detalhes daquele momento a dois que, quando ele acontece, deixamos passar por diante de nossos corações e sentidos os detalhes tão bonitos e, sobretudo, reais que aconteceram. Como se as coisas tivessem ocorrido de um jeito longe do que planejamos, de tal modo que exceto o ideal, nada seria o suficiente. Aliás, nada seria romântico o suficiente.

Esquecendo-nos de que é a lucidez que dá toda a graça de sentir o amor. Esquecendo-nos de que podemos não viver Aquela aventura louca, fervorosa e regada de juras de uma tela do cinema, eternizada em todas as locadoras, mas que existe alguém que está conosco pelo simples e mais nobre motivo: nos ama e nos quer bem. Por isso, hoje eu diria para todas as mulheres, inclusive eu, que se preocupassem menos em viver um conto de fadas e mais em viver... a vida!

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