quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Prevendo uma saudade...

De repente começam a vir cenas. Na sua imaginação. De momentos que ainda não foram vividos e nem se quer sabe se serão vividos. Vêm de tudo. Você começa a se imaginar com tantos anos, com tais experiências, em devidos lugares.

Calma, não é tudo tão confuso quanto parece. Pra simplificar: é como se você lembrasse de lembranças que ainda não aconteceram. Mas aí, vêm também umas saudades ainda inexistentes, muito fortes. No meu caso eu imaginei a minha juventude daqui a diante. E me imaginei depois de jovem, sentindo falta dessa vida mágica. Porque ser jovem é isso: magia. Não que as outras fases da vida não sejam. Mas essa em especial tem tudo pra ser mais ainda. É tudo tão aflorado. Tudo tão mal pensado e elaborado, que acredito que seja a fase mais natural, depois da “fetal”, digamos assim... Em que as coisas acontecem mais naquela filosofia de “deixar rolar”.

Porque é um turbilhão de mudanças, acontecimentos e o pior (ou melhor): sentimentos. Tem fase mais confusa pra isso? A juventude é onde tudo é lindo. O que faz mal atraí, e o que faz bem também. Você está no intermediário mais cobiçado no mundo: SER JOVEM! Ter muito já o que contar, mas ainda ter tanto pra viver, e contar depois! Você tem um misto de sensações, já se sente velho, mas tem sempre aquele conforto de que mais coisas virão.

Quem nunca viu alguém que já passou dessa fase, contando seus casos e acasos com os olhinhos brilhando de emoção? Isso é mais uma prova de que juventude não é qualquer coisa. Juventude é algo “tipo assim” que já dá saudade sem mesmo ainda ter passado...


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