De repente começam a vir cenas. Na sua imaginação. De momentos que ainda não foram vividos e nem se quer sabe se serão vividos. Vêm de tudo. Você começa a se imaginar com tantos anos, com tais experiências, em devidos lugares.
Calma, não é tudo tão confuso quanto parece. Pra simplificar: é como se você lembrasse de lembranças que ainda não aconteceram. Mas aí, vêm também umas saudades ainda inexistentes, muito fortes. No meu caso eu imaginei a minha juventude daqui a diante. E me imaginei depois de jovem, sentindo falta dessa vida mágica. Porque ser jovem é isso: magia. Não que as outras fases da vida não sejam. Mas essa em especial tem tudo pra ser mais ainda. É tudo tão aflorado. Tudo tão mal pensado e elaborado, que acredito que seja a fase mais natural, depois da “fetal”, digamos assim... Em que as coisas acontecem mais naquela filosofia de “deixar rolar”.
Porque é um turbilhão de mudanças, acontecimentos e o pior (ou melhor): sentimentos. Tem fase mais confusa pra isso? A juventude é onde tudo é lindo. O que faz mal atraí, e o que faz bem também. Você está no intermediário mais cobiçado no mundo: SER JOVEM! Ter muito já o que contar, mas ainda ter tanto pra viver, e contar depois! Você tem um misto de sensações, já se sente velho, mas tem sempre aquele conforto de que mais coisas virão.