quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Já dizia a minha vózinha...

Imagine você bem no meio de uma ponte. Dos dois lados, duas margens, dois caminhos. Enquanto um diz que amanhã pode ser tarde de mais. O outro não lhe apressa, e diz que nunca é tarde de mais. E assim seguem os ditados nos rodeando, e nos guiando até decisões. A sabedoria popular é forte, mas pode ser falha. Ao mesmo tempo em que me diz para seguir rápido, sem pestanejar, não perder tempo, me diz também que sempre há tempo para recomeçar. No fim, os ditados são ditos e nada é feito. Será que agora o universo pode conspirar a favor de um dos lados? Ou alguém contou um conto e aumentou um ponto? Pra qual margem eu sigo?

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E agora?

Uma tarde na praia nem sempre é só uma tarde na praia. E em uma dessas tardes alguém me disse: “Saber o que quer e ir atrás” . Como é de costume, isso martelou na minha cabeça, e perguntei tanto pra mim como pra o dono da frase: “E se eu não souber o que eu quero?”. Já pensou nisso? O que fazer quando na verdade você nem sabe o que quer? Quando não há um ponto de partida... Aliás, nesses momentos em que essa sensação surge, ninguém, além de você é claro, consegue entender que realmente, de fato, sem mentira, verdadeiramente: você não sabe de nada. Não consegue fazer escolhas, não consegue decidir. Soa como uma desculpa para os outros, mas pra você é uma verdade cruel. Enfim, quando sabemos o que queremos, o próximo passo é seguir em frente, correr atrás, continuar a traçar suas escolhas e seus objetivos. Mas e com uma folha totalmente em branco, o que fazer? O que você faria?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Se eu falasse de amor...

A minha cabeça diz pra eu escrever sobre um assunto, mas parece que minhas mãos não deixam. Seria bom escrever sobre o amor, seria muito bom dizer que amar é bom. Talvez, eu pudesse justificar o amor como sopros. Se eu falasse nesse texto sobre o amor, eu diria que o amor sopra durante nossa vida de maneiras bem diferentes e em tempos diferentes. Horas, o amor sopra com tanta força, que não somos capazes de suportar tanto ar. Outras horas, o amor nem se quer sopra, ou sopra de leve, como brisa. Se eu pudesse falar de amor nesse texto, eu diria que o sopro de amor nem sempre é alegre, nem sempre é triste, nem sempre existe. Se o amor fosse a pauta de uma descrição, eu diria que na maioria das vezes, o amor vem de um sopro de outro alguém. Como uma mãe que assopra os olhos do filho quando esses ficam inquietos com alguma poeira. O amor em sopro é como um suspiro de um casal andando de mão dadas, como um suspiro depois de um beijo roubado. É o alívio de ser correspondido, é o aperto no coração de não ter o olhar compreendido. E depois, se eu falasse de amor, eu encerraria, dizendo que o amor é o ar que suspiramos...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Do meu tempo de cegueira...

A mentira é um tipo de cegueira, e talvez uma das piores. Ainda mais quando vem de alguém que se ama e que se depositava tanta confiança, e como é ruim quando descobrimos que durante muito tempo vivemos cegos. Enquanto todos enxergavam tão bem, os nossos olhos tomados por mentiras não permitiam ver o que o mundo queria mostrar, e nós insistíamos em negar. Quando então, como um estalo, os olhos voltam ao normal, a verdade vem á tona, a venda é rasgada, e o choque contra luz se torna muito forte. A sensação de ter sido enganado vem conforme os olhos se acostumam com a claridade. Depois vem a indignação. Em alguns, vem a vontade de voltar a não enxergar, em outras a vontade de vingança, em outros nasce o aprendizado. Assim, depois de muito tempo sem enxergar, as cores voltam a reluzir e o trauma com a claridade, o choque que antes ardia, agora fortalece sem que nos dêem colírio algum... Descobrimos que é possível enxergarmos com nossos próprios olhos.

Vivemos esperando...

Um dia desses, eu acordei, sentei no canto da cama e buscando forças para levantar eu reparei na caixa de um jogo que tinha em frente a mim. Muita gente já deve ter jogado, o Jogo da Vida. Mas não foi bem isso que me chamou a atenção ás seis horas da manhã... No canto da caixa, vinha um slogan bem empolgante: “Viva a emoção de viver!”. Aquilo ficou na minha cabeça...

Há momentos na vida, que realmente precisamos ser empolgados para viver, mas isso não deveria ser uma regra. Na verdade, como diria Rogério Flausino, nós vivemos esperando dias melhores. Ao invés de fazê-los. Vivemos postergando prazeres, e o mais confuso é que “logicamente” quando queremos ou desejamos alguma coisa, nós deveríamos buscá-la. Porém, é tão comum, querermos, desejarmos e esquecermos. E continuamos a viver esperando...

Quem sabe, se pudéssemos viver alguns dias apenas como algum animal, por exemplo, o cachorro. Quase todo mundo que já teve um cachorro ou conviveu com um, sabe que quando ele quer alguma coisa, não há impedimentos. A não ser que nós, os donos, demos a ele. Mas, no entanto, ele mesmo não se evita de ir buscar a bolinha, não se evita de pedir um carinho, não se evita de pegar a comida em cima da mesa e assim por diante. Não dá pra saber o que o cachorro pensa, mas talvez ele seja assim porque viva através das emoções, realmente. Talvez, ele seja assim porque não tem medo de seguir os instintos e as intuições. Enquanto, nós, vivemos esperando... Enquanto não descobrirmos realmente que é na emoção que encontramos a razão. É na emoção que encontramos a razão DO VIVER. Mas enquanto isso, vivemos esperando...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Tcharam!

O que você sabe de surpresas? Qual foi a última vez que você surpreendeu alguém? E de rotina? Qual foi o último “ato rotineiro” que você fez? Essa é mais fácil responder, não é mesmo? Mas não deveria... Por mais que todos os dias fossem dias de surpresas, não existiria surpresa rotineira. Surpresa nunca é a mesma, se não, não é surpresa. Rotina é sempre a mesma, se não, não é rotina. Quem sabe a magia que falta na vida é a surpresa que falta a cada dia. Um abraço mais forte, um sorriso, um beijo, uma ligação, um bombom! Surpreenda quem gosta de você. Ás vezes, ter medo de coisas nova é uma segurança que criamos para nós mesmos, quando na verdade nunca precisamos dela, um segurança desnecessária. Quando tiver a idéia: faça! Quando quiser inovar: inove! Quando quiser surpreender: Surpresa!

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