terça-feira, 2 de junho de 2009

As Possibilidades do Amor



"Pense no amor como um estado de graça.
Não um meio para chegar a um fim,
mas o alfa e ômega, um fim em si mesmo"

Gabriel García Márquez



Talvez, tenha sido naquele instante que teu piscar, desencontrou o meu olhar. Mas ainda assim, nem em tal ligeirice a luz desvia-se do seu olhos. Porque então eu desviaria?

Talvez, não sejamos afinal, feitos um para o outro. Mas ainda assim, o que é a inconstância do destino para ditar nossas regras? Porque então eu deveria segui-las?

Talvez, nunca queiras um carinho meu. Mas ainda assim, não vejo nas areias pedido algum, e lá está o mar a acariciar lentamente cada grão quieto. Porque então eu deveria esperar um sinal?

Talvez, o amanhã não chegue, o depois não perdure, e o fim, sem querer, venha para o que há entre nós dois. Mas ainda assim, o que é o fim, para algo assim, que vive só recomeçando?

4 comentários:

Leandro disse...

Se só vive recomeçando é porque nunca terminou. Quando terminar de verdade, nunca haverá um recomeço. Agora, se é que vai terminar...
Beijo!

Unknown disse...

Texto muito bem elaborado e que permite para as pessoas vários entendimentos. Devemos lembrar as palavras de Jesus quando fala que a cada dia basta a sua preocupação. Se algo no futuro nos incomoda devemos fazer algo no presente para mudar o receio que possamos ter. Após decidir fazer algo devemos nos concentrar nesta atividade e ser feliz ao realizá-la.

Felipe disse...

Pena que não somos que nem o mar... que acaricia as areias sem pedir nada em troca.

Pena que não somos que nem o mar, que nunca se cansa de ir e vir, de novo e de novo, para então voltar, e assim recomeçar.

Recomeçar algo que ele já conhece bem de perto, algo que não o abate, que apenas o impede de ir mais longe.

Um dia cansamos de ir e vir - de novo e de novo - para então voltar... e recomeçar...

Pena que não somos que nem o mar...

Mágno Calixto disse...

Ola, a procurar algo mais sobre o Gabriel García, tropecei no seu blog, e este trecho do livro "Amor nos Tempos do Colera" quando eu li eu senti como se isso fosse a exata ideia perfeita da perfeição do amor em palavras escritas, e gostei bastante das suas opinioes ao longo do blog, espero que continue a escrever.
Um abraço, de um idealista solitario.

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