segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Se dar ao prazer de ter certeza...
terça-feira, 12 de julho de 2011
Amor de horário nobre
terça-feira, 19 de abril de 2011
Engraçada
Não entendeu?
Eu explico...
Engraçada essa coisa de que sem querer, pelo acaso desses clics sequenciais e neuróticos de um mouse, achar os escritos de alguém que mais te leêm do que são lidos.
Mais engraçado ainda, como minutos parada em frente a tela do cumpatador - uma cena que remete tanto a alienação - na verdade, foram instantes entregues ao deleite. Não entregues ao ócio, tão comum de sempre. Aliás, sem pagar um centavinho além daquele que paga a conta da luz, que, por sinal, já sustenta os mexericos na vida alheia no Facebook, fui até dentro de mim, dei voltas, mil voltas, viajei. Fui até a vida dela, imaginei mil coisas, mil coisas, e me sinti mais assim, inspirada de graça...
Engraçada essa coisa de descobrir no outro a vontade que se tem...
Experimenta também!
Avec Poivre.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Tudo em excesso faz mal!
Até que ponto, nos faz bem quando escutamos quando nos aconselham “aja com o coração, não deixe que o emocional se cale!”?
Afinal, só quem sempre agiu assim, sabe como isto pode ser o pior tiro pela culatra. E só quem nunca agiu de tal forma que não compreende como isso pode fazer sofrer a quem se deixa levar pelas emoções. Quando pessoas assim, completamente envolvidas pelo sentimento, buscam um pouco de razão para apaziguarem seus corações, já tão machucados, não são reconhecidas. Mas, talvez, não queiram mesmo ser. Simplesmente cansaram de ser o elo fraco, a lágrima fácil ou aquele que cede. Decidem mudar. A hora de ser forte e dizer não, ou dizer sim, ou simplesmente ter a coragem de não dizer nada – que, no fundo, diz tanto – bate a porta, bate firme, e vem junto com o orgulho próprio, que por sinal, andava em falta.
A realidade não nos deixa cegar e coitados destes pobres seres emocionais que um dia pensaram que tudo poderia acabar com um “felizes para sempre...”
Mas vale lembrar que a recíproca é verdadeira. Há também aqueles que de tão rígidos já não se molham, nem com a chuva, quem dirá com uma lágrima. Que insistem em tornar cartesiano o que nunca apresentou ordem, apenas grandes desordens. Que acham que é possível virar um dia na vida como se vira uma página de livro.
A vontade de amar e ser amado é inerente ao ser humano e coitados deste pobres seres racionais que um dia pensaram que tudo poderia se resolver com uma dose de tequila e uns minutos de flerte.
O amor, e não é ás vezes, mas sempre, tem dessas coisas. Ele faz questão de se mostrar diferente da fugaz paixão, ele mostra que só permanecerá e – principalmente – florescerá naqueles que souberem que ele é o sentimento do equilíbrio. Não existe essa história tolinha de 8 ou 80. Na verdade, nem 4 ou 40, 7 ou 70! Que seja! Simplesmente, não há contas para ser fazer quando se trata de amor!
Não tente amar só com o coração, ele não sobrevive. Sucumbe nos próprios desejos impulsivos de existir. Aliás, já não lhe disseram que o amor é paciente e é bondoso? Então, não se afobe, não... Que sabe como é: nada é pra já.
Porém também não o guie com lógicas que ele nunca teve – e nunca terá. Já não lhe disseram que amor é coisa que não se explica? E o que não tem explicação, explicado está.
No caso específico e abrangente do amor, a única máxima que está valendo é aquela que nossos pais bem que tentaram nos explicar quando pequenos - mas parece que ainda não aprendemos: “Tudo em excesso faz mal!”
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Romance com doses insanas
Certa vez, perguntei a um amigo muitíssimo especial se ele me considerava alguém, assim, romântica. Disse ele que não. E eu expressei apenas com o meu rosto todo aquele tom de revolta de um “Como assim?” e um olhar bem direto que dizia um “Tem certeza disso?”. Fato que esta seria minha reação. Sou mulher e gosto de romance. E que mulher não gosta? Nas medidas certas, obviamente... (Não confunda com melação, que está bem longe do quão sofisticado e simples pode ser uma atitude romântica.)
No entanto, como se já não nos bastassem tantos outros, o probleminha é que nós, mulheres românticas, se é que isso não soa a pleonasmo – ou pelo menos as que se pretendem ser românticas – como a princípio pareço fazer parte - acabamos nos corroendo com nosso próprio desejo. Ou por melhor dizer, com nossas próprias criações e delírios. Desejamos ser desejadas da maneira mais inspirada possível, só que muitas vezes nos inspiramos mais do que nosso próprio amante! E o pobre coitado apaixonado nunca será capaz de alcançar nossas expectativas miraboladas em boas doses de filmes e músicas que tanto nos identificamos. Acabamos por delirar e imaginar os detalhes daquele momento a dois que, quando ele acontece, deixamos passar por diante de nossos corações e sentidos os detalhes tão bonitos e, sobretudo, reais que aconteceram. Como se as coisas tivessem ocorrido de um jeito longe do que planejamos, de tal modo que exceto o ideal, nada seria o suficiente. Aliás, nada seria romântico o suficiente.
Esquecendo-nos de que é a lucidez que dá toda a graça de sentir o amor. Esquecendo-nos de que podemos não viver Aquela aventura louca, fervorosa e regada de juras de uma tela do cinema, eternizada em todas as locadoras, mas que existe alguém que está conosco pelo simples e mais nobre motivo: nos ama e nos quer bem. Por isso, hoje eu diria para todas as mulheres, inclusive eu, que se preocupassem menos em viver um conto de fadas e mais em viver... a vida!